Suando o cérebro, porque também é Jiu-jitsu

Oi gente! Tudo beleza?

O treino de ontem foi bem diferente do que eu estou já acostumada. Não foi um treino para "suar a camisa" e sim o cérebro. Cheguei mais cedo, fiz um aquecimento básico de polichinelos, alongamentos e já caí no rola como meu colega faixa azul. É, à seco mesmo. Teve nem conversa.

Como sempre, tive que abusar da força para não ser amassada... Demorou para que ele encaixasse um triângulo e ainda sim aguentei até sentir turvar a visão (eu acredito que é preciso saber o meu limite antes das competições, quanto eu tempo eu tenho para tentar me livrar do golpe). Depois que ele ganhou esse rola, no outro ele foi um pouco mais "didático", revisando o violino comigo. Consegui montar nas costas dele e tentar um estrangulamento, mas ele defende muito bem o pescoço, sem chances para mim... Aí o que me restou foi amassar ele até o sensei parar o rola... Pelo menos fiz meu parceiro soltar um "mas você é forte hein!?". É muito boa a sensação de pelo menos ter conseguido "dar uma pressãozinha", haha.

Mas tenho uma meta pessoal: começar a ser reconhecida mais pela técnica do que pela força. Afinal, a primeira é o principal e a última um complemento.

A outra parte do treino foi focada nas regras de competição. Dependendo da posição que você conseguir aguentar manter por três segundos vale uma determinada quantidade de pontos. Fora as vantagens e as penalidades... Todavia, se estiver 20 a zero a seu favor mas você tomar uma finalização... Não adiantou de nada pontuar. Então, sinceramente, acabou dando na mesma para mim, haha... Mas sei que mais para frente vou precisar me preocupar mais com isso.

Não consegui nem decorar todas as posições ainda, quanto mais guardar pontuação... Mas o bom de ser faixa branca é que isso é normal, ninguém te discrimina por nada que faz de errado pois é um aprendizado novo a cada dia... Igual quando criança aprende a escrever: sai uns garranchos, palavras erradas no início. Mas se ela não persistir escrevendo não vai conseguir progredir, assim como no Jiu-jitsu.

O sensei nos fez lembrar de posições sozinhos: "o que você fez agora?" "Passagem de guarda e montada..." "Quantos pontos?" "hmmmm..." "Quantos???" "... Sete?". Nossa, como foi difícil! Ali que eu vi que meu ego às vezes dá um jeito de entrar comigo no dojo... Eu quase chorei de raiva porque não acertava o número, a pontuação, a execução...mas me controlei.

Preciso aprender a pensar estrategicamente durante um rola. Minha mente só pensa em "não vou deixar ele encaixar nada aqui"... Daí dou um trabalho, mas ainda não sou uma ameaça real. Ainda.

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