Véspera de combate: uma mistura de emoções

Oi gente! Tudo beleza?

E foi ontem o último treino antes do campeonatinho... Que coisa, passou rápido!

Na verdade, o treino se resumiu a dois rolas: um eu tive a surpresa de fazer com faixa verde quase azul muuuito forte e o outro com a minha parceira (e futura adversária).

Com meu parceiro Verde foi bem amarrado... Começamos já no chão. Ele me puxava pra guarda dele incansavelmente e eu tentando me livrar a todo custo... Consegui ficar quase totalmente em pé com ele dependurado mas não saiu nada, voltei para o chão. Fiquei disputando força com ele, quase passei a guarda (que raiva, foi por pouco mesmo). Ele encaixou um triângulo, aguentei o quanto eu pude, até sentir que da minha cabeça ia esguichar meu cérebro, de tanto que ele apertava com as pernas. Bati. Recomeçamos, dessa vez eu mais esperta, e não deu pra ele fazer nada antes que o sensei mandasse parar. (Outro que ficou inconformado com a minha força, não entendo esses meninos, haha).

Agora com a moça eu realmente fiquei com frio na barriga (isso porque nem estava valendo e ninguém que eu convidei estava presente). Pensei em várias coisas enquanto o sensei conversava com a gente no centro do tatame: "cacildes, ela é mais habilidosa que eu, vai passar o carro", "eu convidei gente demais pra ver eu ser amassada... Começo a me questionar se foi uma boa ideia", "eu preciso parar de fugir, de deixar ela me montar... Preciso ficar por cima", "como é que se luta em pé mesmo?". Nossa, fiquei realmente com a minha mente em ebulição. O sensei falou umas coisas legais relacionadas a ganhar e perder, espírito esportivo (que eu estou familiarizada pois competia quando treinava vôlei), que eu deveria tentar fazer o que eu aprendi nos treinos... Mas sinceramente, eu não sabia como.

E começa o combate, ambas em pé fazendo pegada e trocando força... Ela não conseguia me levar para trás (ainda bem né, sou bem mais pesada, seria ridículo pra mim). Só que aí ela quis fazer uma queda comigo me jogando pra frente... ela quase conseguiu os pontos, mas teve um detalhe que o sensei disse que impediu isso (não lembro qual gente, desculpa). Então ela conseguiu montar, procurando o meu pescoço. Eu, só pensava em não dar nada para ela, mas não sabia contra-atacar, ou melhor, não lembrava mesmo. Eis que uma voz do além começa a me ajudar "protege o pescoço com uma mão e a outra vai por baixo da coxa dela pra virar!". Segui as instruções, mas não deu. ela saiu da montada e voltou de novo, para não tomar punição (um vacilo enorme que eu não aproveitei, infelizmente). Enfim, ela de tanto tentar desistiu do meu pescoço, conseguiu pegar meu braço direito e fez um arm lock. Só que a surpresa da noite foi: eu não sentia dor. Não aquela dor excruciante, mas apenas um incômodo, como se fosse fazer um alongamento por mais tempo. Mantive a calma e não bati, fiquei estudando o que eu poderia fazer, puxando minha mão com cuidado para não forçar demais e eu bater por minha própria causa. Ela teve que puxar bastante para eu poder bater pela dor. Perdi, mas cumpri o meu primeiro propósito que é dar trabalho haha.

O sensei elogiou a minha calma e disse que para uma principiante eu aguentei muito bem o arm lock. Sei lá, achei normal, me aproveitei de uma vantagem biológica, nada demais. Perdi de novo. Sei que vida de faixa branca é isso mesmo. Mas eu só queria fazer uma boa luta na segunda, para as pessoas que eu convidei não saírem de lá com a impressão de "nossa, só isso?", "a Helô é ruim demais... olha o tamanho da menina que ganhou dela... Perdi meu tempo". Eu sei, se as pessoas que eu convidei gostarem de mim de verdade elas nunca dirão essas coisas. Mas realmente eu não queria perder feio. Sou tendenciosa ao pessimismo, mas se eu for esperta eu consigo ganhar... Mas eu preciso pensar rápido, coisa que é ainda complicado para mim, que vou completar dois meses de treino exatamente na segunda-feira. Mas vamos lá, força na peruca que eu vou me esforçar para dar o meu melhor nessa bagaça.

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