Entre risos, lágrimas e um dilema

Olá gente, tudo beleza?

Terceira parte do meu relato gigantesco.

Ok, o título é exagerado, mas acontece que eu sou uma drama queen pessoal, podem me julgar... Esse treino teve uns picos de sentimentos: alegria histérica, tristeza profunda, faz parte, haha.

Estava um calor imenso ontem a noite! Não é comum onde eu moro (São Bernardo do Campo é apelidada carinhosamente de "Sãoberlondres" por seus habitantes). Cheguei na academia com calor já e ainda tinha que colocar o quimono... foi só colocar que me senti cozinhando, realmente suando em bicas (e o treino nem tinha começado). Eu tenho extrema facilidade para transpirar... em algumas ocasiões isso é um problema... Pelo menos no tatame ninguém pode reclamar, afinal quem não transpira praticando Jiu-jitsu???

Os polichinelos do aquecimento saíram além da média. Mas o outro exercício que o sensei passou misturando o "pique no lugar", queda de costas, sproll e tiro que eu pensei que não fosse aguentar... O pior foi respirar errado e doer embaixo da costela direita.

Paramos para descansar, claro, com o sensei aproveitando para falar dos campeonatos... Ele quer no ano que vem "federar" todo mundo do treino para poder competir. O processo até que é simples, vai um dinheirinho, mas nada muito exorbitante. Mas inscrições para os campeonatos são mais salgados. Eu não disse nem que sim nem que não, estou estudando a possibilidade... Eu ainda me sinto muito pata no rola, não sei se em fevereiro já estaria apta a rolar com alguém fora do treino, por mais que ela seja do mesmo "nível" que o meu. Eis meu dilema pessoal: competir ou não? Eu já competi várias vezes quando jogava vôlei. Porém, acredito que um esporte individual nos deixa mais "expostos" já que o resultado lá dentro do tatame depende unicamente de nós mesmos... Em um time as falhas de um são "encobertas" pelas boas jogadas do outro e fica tudo bem. A responsabilidade pelos meus erros será exclusivamente minha. Acredito que é algo que eu preciso aprender, ser totalmente responsável por mim (ainda dependo muito da minha mãe, principalmente em questões financeiras, o Jiu-jitsu será um bom começo para iniciar minha "independência").

Fiz uma fuga de quadril muito legal levantando totalmente ele e fazendo uma "troca de pernas", curti bastante... Mas as cambalhotas...foram lamentáveis, eu não conseguia apoiar o corpo nos ombros, simplesmente não subia... Fiquei me sentindo ridícula fazendo o exercício pela metade, rolando pelas costas (foi aí que uma lágrima teimou em aparecer). Mas é assim mesmo, em um movimento parece que nascemos para fazer e no outro seu corpo simplesmente desconhece a capacidade dele de executar.

Agora os risos aconteceram na hora da técnica... Eu tinha que puxar meu colega para um lado com a pegada em uma das mangas, deixando ele de quatro apoios e depois "jogá-lo" para o lado, com a ajuda dos ganchos nas pernas... Eu esquecia das pernas e ia direto na faixa do mocinho (deve ter doído os meus puxões)... e teve uma vez que eu fui com muita sede ao pote e consegui jogar ele para cair atrás de mim... o barulho da queda dele foi lindo haha... meu sensei falou "agora está começando a ficar interessante"... Fiquei sem jeito, tadinho do faixa Laranja... ele pode se vingar depois, mas foi bem cuidadoso comigo. Eu comecei a rir porque a sensação de ser jogada é estranha... Meu sensei não aquentou e perguntou porque eu estava rindo, se estava bom o exercício eu respondi "é engraçado sensei, eu não sei pra onde eu vou" e ele não aguentou e riu, haha... Acho que ele nunca teve uma aluna doida como eu.

E finalmente, o rola! Troquei força decentemente com o faixa Laranja (que tem o meu peso e uns 13 anos, pasmem) e não deixei ele sair da minha montada (ele tentou bastante de verdade). Tentei fazer um arm lock sozinha, mas não conseguia abaixar o braço dele... o sensei teve que dar um help para eu acertar a posição e continuamos a disputar... senti que ele desistiu e deixou eu finalizar. Está bom, aos pouquinhos eu vou evoluir mais, mais e mais...

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