"Ohana quer dizer família. Família quer dizer nunca abandonar ou esquecer."

Oi gente! Tudo beleza?

Continuando as notícias: Semana passada meu sensei convidou todo mundo do treino para assistir as graduações do fim do ano. Consegui ir apenas na dos adultos, pois no dia da vez das crianças eu tinha um compromisso marcado.

Saí do trabalho e fui... O local da cerimônia me trouxe muita nostalgia: foi onde eu comecei a treinar vôlei! Lembrei de tanta coisa boa: meu pai me ensinando os primeiros fundamentos, minha primeira turma de treino, os primeiros campeonatinhos, os primeiros aprendizados que levei para minha vida inteira... Foi gratificante só de estar lá e lembrar de tudo isso.

Mas as emoções não haviam terminado! 

Eu cheguei muito cedo, mais de meia hora antes. Já tinha um cara sentado na arquibancada do ginásio... Pensei "nossa, mas será que só vai ser a gente?". Passei uma mensagem para o meu sensei e ele respondeu "já já vai lotar". Dito e feito, faltando dez minutos para o horário marcado começou a brotar pessoas com e sem quimono, de todos os tamanhos, pesos, cores, sexos... achei lindo observar a diversidade que há dentro dessa arte. Não existe um "perfil ideal", todos são bem-vindos para aprender Jiu-jitsu! Todos poderão ser faixas preta!

Minha mãe estava a caminho mas, como era uma sexta-feira, de Black Friday ainda por cima... Ela acabou chegando uns 40 minutos atrasada. Mas tudo bem, achei muito fofo da parte dela querer vir comigo (te amo mãe!).

Foram ditas muitas coisas legais, de como a academia não é só uma equipe, mas uma família (depois lembrei da cena de Lilo & Stitch haha) onde todos se ajudam a evoluir, se respeitam e são gratos. Que não podemos nos abater mediante as adversidades da vida, que não é porque as pessoas dizem que você não pode ser/fazer que isso é verdade... Tudo depende do nosso esforço, da nossa vontade de sermos melhores do que ontem. E não foi só em relação as técnicas do Jiu-jitsu, mas em relação a vida, à formação de caráter mesmo... O sensei mais antigo que estava presente (mais de 50 anos de faixa preta) contou um pouco da história dele, de como os médicos não davam nem um ano de vida para ele por considerá-lo "fraco e doente"... Mas foi só essa Arte Suave entrar no caminho dele para ele mostrar que o mundo estava errado. Quase chorei.

Tem toda uma organização para receber a faixa: os alunos se aglomeram na quadra de acordo com a graduação (faixas marrom na frente, pertinho dos senseis da academia, seguido de roxas, azuis, as coloridas dos alunos menores de 16 anos, e no fundão, as brancas, haha)... Eles fazem a reverência (muito bacana escutar o coral de "oss!") e se sentam. Cada um é chamado pelo nome completo para ir perto dos senseis receber um diploma (não sabia disso!) e a faixa.

Houve um momento raro (só fui saber que era raro depois): a graduação de um faixa preta! Ele precisou fazer vários cursos relacionado a ética, educação infantil, arbitragem... Porque um faixa preta precisa estar preparado para ensinar. Só depois dessa preparação "extra-tatame" que ele estará apto a graduar. Achei isso incrível! É muita responsabilidade, mas deve ser gratificante poder dar aulas de Jiu-jitsu (tenho um desejo secreto sobre isso, haha)

Meu sensei ficou super feliz de ver a gente lá na arquibancada prestigiando. Ele disse "bom que agora já sabe como se comportar para o ano que vem". Meu povo, será que eu vou poder graduar com um ano apenas de treino? Só o tempo dirá haha... esforço não vai faltar da minha parte.




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