Batalhas contra o ego

Oi gente! Tudo beleza?

Treinando Jiu-jítsu eu percebo o quanto de coisas eu tenho guardado em mim que eu preciso "trazer para fora" e as trabalhar: como o meu orgulho e ego ainda são fortes, como a minha paciência está muito aquém do que poderia estar... O maior adversário que podemos ter dentro do tamame somos nós mesmos.

Primeira lição para o ego: do dojo inteiro, eu sou a menos graduada (quero dizer, sou a única que não tem nenhuma graduação). Ou seja, têm garotos de 13 anos que tranquilamente fazem miséria comigo. Eu só consigo oferecer resistência por causa da minha força (obrigada genética, sua linda!), já que minha técnica é ínfima. Se não fosse isso, acho que o aprendizado seria mais duro ainda (ser fraca fisicamente e ainda ter que suportar o peso deles). Nisso, ainda entra a paciência, já que aprender a Arte Suave exige muita dedicação e esforço. Não é algo que se absorve em meses. Mas em anos de treino ininterruptos. Agora eu indago: o que eu estou querendo saber fazer com apenas quase três meses de treino??? O máximo que eu posso é entender a dinâmica do treino, pegar gás suficiente para cumpri-lo por inteiro (lê-se "cumpri-lo" como uma forma de tentar realizar as técnicas mas sem completo êxito na maioria das vezes) e olhe lá.

O treino em si foi bacana. Não estou sofrendo com os aquecimentos, faço tranquilamente (pingo de suor mas não dá aquela sensação de "vou morrer a qualquer momento"). Fizemos uma brincadeira bem engraçada: ficamos andando com o pé raspando no tatame, em círculos aleatórios. A medida que o sensei fala números nós tínhamos que nos abraçar conforme os pares. O sensei gritou "três!" e loucamente procuramos fazer os trios... Mas eu e outro menino sobramos (queria brincar mais, poxa) e ficamos vendo eles terminarem, haha.

Sensei estava inspirado e passou uns exercícios muito doidos, haha... Um deles foi uma espécie de duelo de tapas: cada vez tinha que ser num local diferente e específico (joelhos, tornozelos, ombros e por fim a cabeça), tentar dar o tapa e ao mesmo tempo se defender... Nossa, levei muito tapa na cabeça, haha... A coisa começou a ficar menos divertida quando o sensei trocou os tapas por quedas... Não estava psicologicamente preparada para elas... Em todas as vezes que eu caía me escapava um grito. O sensei pediu para eu parar de gritar, mas só piorou a situação: a queda depois do aviso rendeu um grito mais alto ainda. Fiquei muito envergonhada. Mas ninguém disse nada e o sensei trocou de exercício.

Fui mais feliz na hora das técnicas: vi os meninos mais leves aplicarem arm locks voadores (esse da imagem, só que como os meninos eram leves, quem rebebia o golpe ficava completamente ereto), muito legal!!!
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Já os pesadões fizeram uma versão mais "baixinha". Eu fiz a primeira com vontade mesmo (o sensei sempre me cobra que eu faço as coisas com medo)... coitado do meu companheiro, dei uma machucada no pescoço dele... mas ele fez super devagar comigo, com medo de me machucar (um querido mesmo). No segundo golpe, que era uma possível "continuação" do outro no caso de não pegar direito, eu não fui tão feliz. Não consigo usar muito bem minhas mãos, haha... Acredito que meu jogo está nas pernas mesmo (lembrar de praticar mais triângulos e arm locks).

Os rolas não tiveram tanta novidade... dei um sufoco num faixa laranja, mas não consegui encaixar nada... Ele me amassou mas também não conseguiu me finalizar. O sensei parou tudo, mandou todos sentarem, menos o meu parceiro de rola... O sensei tinha chamado ele para rolar. Só me veio isso na cabeça:



Só fiquei observando e esperando a minha vez... Percebi um padrão: ele pegava um mais "forte" e um menos experiente... Então, obviamente ele me deixou por último. Pensava "e agora???", "será que vai ser rápido e indolor?"... Bom, eu fiquei tentando escapar de qualquer jeito, parecendo barata encurralada, quando não eu fazia força e tomei bronca por isso (no nervoso de não saber o que fazer eu só fazia força sem propósito... ainda tive que ouvir "para com isso, eu nem estou fazendo força contra você". Mas ok, mais uma lição para o orgulho contabilizada com sucesso)... Vendo a minha falta de ofensividade ele foi deixando eu subir nele, fazendo a tal da "mochilinha" nas costas dele. Aos poucos, ele foi (e os meninos também) me dando dicas para fazer o Arco e Flecha... Acabei fazendo, a muito custo. Saí um pouco sem graça.

Antes de formar, o sensei até falou sobre algumas pessoas no rola, mas não disse nada sobre mim. Sei lá, seria bom um feedback às vezes... Fico pensando que eu estou tão ruim a ponto de não receber um comentário? Mas acredito que seja apenas meu ego falando mais alto.

Bom, o físico foi extenuante, mas foi concluído. Meus bíceps não funcionava mais no final, mas com o cansaço é normal. Balanço positivo no fim das contas.


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