Mudança de pensamento = sorriso

Oi gente! Tudo beleza?

Depois de muito tempo consegui sair do treino sorrindo. Não sei se essa frase deveria estar no final, mas eu senti necessidade de deixar isso claro de imediato.

É que sinto essa coisa de estar me preparando para competir e "dar resultados" para academia (lê-se visibilidade da marca das academias no pódio porque o logo estará costurado no meu quimono) tirar um pouco "a diversão" de estar no tatame, ou pelo menos eu estou deixando isso acontecer (não deveria). A princípio eu só queria aprender a Arte, transformar o tatame um lugar onde eu possa esvaziar a mente e me concentrar nas reações do meu corpo, conhecê-lo melhor. Aliás, algo que eu estou realmente adquirindo com os treinos é a consciência corporal pois faço movimentos agora que eu nem imagina que poderia. É muito boa essa sensação de descoberta.

Fizemos um exercício de queda bem bacana. Fiquei mais feliz pelo fato que eu não gritei de desespero nenhuma vez. Claro, foi super complicado dar queda em um cara de 100 quilos, mas com uma explicação mais particular do sensei e a paciência do meu parceiro, devagar e sempre, consegui.

Consegui também dar sufoco num faixa Laranja numa técnica, hehe... O sensei ensinou outra variação de arm lock (O Golpe Bombril), onde você precisa abraçar com as coxas os ombros do adversário... consegui arrancar um "eita menina com força nas pernas, viu...". Acho que foi o golpe mais vezes bem executado que eu dei até hoje.

Mas o melhor mesmo foi ter deixado o sensei com falta de ar! Ele fez um rodízio com a gente, ficando ele e o moço faixa branca fixos (que por acaso é o mesmo com que eu treinei quedas) e o restante revesando. Minha vez de ir com o sensei, ele quis ficar jogando por baixo. Ele me ensinou de novo a passar a guarda (eu esqueço as coisas muito rápido) e depois fui para os 100 quilos. Fiz direito porque teve uma hora que ele começou a tossir e falar "eita mulher pesada da porr@, não tô respirando" haha...  Eu não aguentei e sorri olhando para o quimono dele. Depois ele deixou eu montar e me ensinou uma chave de bíceps (acho que esse é o nome, não me lembro, para variar). Foi legal, dessa vez lidei com a situação de forma positiva, já que ele é o sensei, nosso professor, a função dele é exatamente nos ensinar... Não tem porquê eu ficar me sentindo diminuída por isso. Houve uma mudança na minha cabeça e isso refletiu no resultado de todo o treino: o que antes foi algo negativo, que me deixou down e sem gás, agora foi algo satisfatório, me trouxe felicidade estar rolando ali com o sensei, ter a oportunidade de aprender um pouco mais.

Depois, tive que rolar com meu parceiro faixa branca... Levei sufoco, senti o peso dele apoiado com o joelho na minha perna, que me rendeu dois hematomas lindos... Gostei de ele ficou com algumas finalizações quase encaixadas mas eu não batia... Trocou umas três vezes e não me rendi hahaha... Preciso acostumar com essa pressão, já que a minha categoria não tem peso máximo limite.

E o físico está cada vez melhor de se cumprir. Logicamente, saio bem cansada, mas nada de dores insuportáveis.

Ah, e uma super notícia: o médico me atestou!!! Posso correr com a papelada para confederar, uhuuul!!!

Depois de muito tempo, saí do treino sorrindo.

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